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MUNDO
Já havia escrito um artigo, em setembro de 2008, sobre o barril de pólvora que se transformou a América Latina, com a ascensão ao poder dos neo-populistas em várias nações deste Continente.
A América Latina, como já disse Eduardo Galeano, parece fadada a viver estes ciclos de direita e esquerda que não nos deixam desenvolver adequadamente. Neste caso, qual a real razão da crise entre Colombia e Venezuela?? É notório que Venezuela à muito tempo vêm auxiliando as FARCS, dando-lhes abrigo em função da sistemática perseguição e combate que sofrem na Colombia, com a ajuda de pessoal, armamento e logística dos EUA. Há provas (com fotos de satélite) que mostram os acampamentos das FARCS em território Venezolano, bem como é conhecida a movimentação dos narco-traficantes. Entretanto as denúncias são mais graves, embora ainda não comprovadas. Nestas, há indícios de que o governo de Venezuela ajuda e é ajudado (financeiramente) pelas FARCS que tem ligações diretas com o narco-tráfico. Este incentivo é entendido como uma agressão indireta a um estado (Colombia) e poderá redundar numa crise de maior proporções. Mas a real razão não reside na questão das FARCS, reside em que a Venezuela passará por uma eleição geral em Setembro próximo, onde o partido revolucionário de Chavez pretende conseguir a maioria dos assentos no Congresso Nacional (mais de 110), como forma de consolidar as reformas da chamada "Revolução Bolivariana". Ocorre que a opinião pública Venezolana, pelas pesquisas alienígenas realizadas (já que a oficialidade não permite qualquer crítica ao governo) não pretende dar ao Chávez a maioria do poder Legislativo, que significaria, na prática, a ditadura total no país Caribenho. Como forma de mobilizar a população em torno de seu ideal, arranja uma crise externa, desviando a atenção das eleições e unindo as forças em torno da nacionalidade venezolana. Isto não é novidade, já foi feito em vários lugares do mundo em várias circustâncias, bastando citar o Hitler na década de 30 e a Argentina na década de 80. Não é bom o que acontece na América Latina!!! Luís Genaro
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